quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ser Mãe...

O dia das mães já passou, porém ainda estamos no mês de maio e se pensarmos bem, sempre é tempo para se fazer uma reflexão...
Leiam este texto:

"Uma mulher chamada Ane foi renovar a sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão. Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
- “O que eu pergunto é se tem um trabalho”, insistiu o funcionário.
- “Claro que tenho um trabalho”, exclamou Ane. “Sou mãe!”
- “Nós não consideramos ‘mãe’ um trabalho. Vou colocar dona de casa”, disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica. A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
- “Qual é a sua ocupação?” perguntou.
Não sei o que me fez dizer isto, as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
- “Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas”.
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem. Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, um questionário oficial.
- “Posso perguntar”, disse-me ela com novo interesse, “o que faz exatamente?”
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
- “Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?), o grau de exigência é de 14 horas por dia (para não dizer 24...).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente me abriu a porta. Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe – uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3. Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz. Senti-me triunfante!
Maternidade... que carreira gloriosa!
Assim, as avós deveriam ser chamadas “Doutora-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas”, as bisavós: “Doutora-Executiva-Sênior” e as tias: “Doutora-Assistente”.

(Texto retirado da internet, de autoria não identificada)

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